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Blower - Tradição, Estilo e Potência

              

Há décadas considerados como símbolo da alta performance, os blowers se transformaram em uma referência imediata para boa parte dos hot rods

Basta dar uma breve olhada para um Blower e pronto. Mesmo se você não soubesse do que se trata, fatalmente imaginaria que aquele equipamento “estiloso” instalado no motor e exposto por uma abertura no capô foi designado, de alguma forma, com a finalidade de proporcionar mais potência para o carro.

Os blowers (ou assopradores, em português) fazem parte da família dos compressores conhecidos como Superchargers. Com destinações específicas de rendimento do motor e integram, há muitas e muitas décadas, o ramo de preparação chamado de sobrealimentação. Também são considerados superchargers outros compressores, como os centrífugos (turbinas), os de parafuso (lysholm) e os de fluxo axial. A diferença básica entre um e outro está na maneira como comprimem ou aproveitam o ar admitido para gerar mais força.
Em relação aos turbocompressores, o blower se diferencia por não comprimir necessariamente o ar, e sim deslocá-lo com mais velocidade para proporcionar sua característica principal: a eficiência de trazer mais torque em baixas rotações e fornecer uma potência linear mais arrojada, o que dá a sensação de que o carro tem um motor muito maior.
“Devido às restrições e curvas no caminho percorrido pela mistura ar/combustível, como turbulências, descarga incompleta dos gases pelo escapamento, pressão atmosférica e outros fatores, podemos dizer que um motor normalmente aspirado nunca será capaz de preencher completamente a câmara de combustão (eficiência volumétrica), mesmo com cabeçotes retrabalhados. É aí que entram os Superchargers, com sua finalidade de aumentar a eficiência volumétrica do motor. Quanto melhor a eficiência volumétrica, maior será a potência”, afirma Luciano Miozzo, proprietário da loja especializada Garage 34, em São Paulo (SP).

       

HISTORICAMENTE COMPETENTE

Muitos especialistas ainda são seguros em falar que os blowers e seus “primos” compressores ainda são maneiras mais eficientes para aumentar a potência de motor. Seu uso correto pode resultar em aumentos significativos de 50 a 100%, tornando-os uma pedida ideal para a utilização em diversos tipos de corridas, reboques de cargas pesadas ou mesmo para proporcionar uma dinâmica diferenciada no ato comum de dirigir um carro.

       
Sua principal desvantagem está justamente colocada dentro de sua principal função característica. Como são acionados pelo virabrequim, precisam usar uma parte da potência do motor (algo em torno de aproximadamente 20% do rendimento total). Mas, como têm a possibilidade de gerar até 100% de força adicional, grande parte dos adeptos acredita que o resultado final vale a pena.
“A eficiência do blower é conhecida praticamente desde a época em que o motor foi inventado. Acredito que ele não tenha sido inserido nas linhas de montagem devido a questões econômicas e porque há outros meios mais simples de ampliar a potência, como aumento de cilindrada, aumento de taxa de compressão e outros”, disse Miozzo.

RAIZ
Quando se fala em Hot Rods, inevitavelmente o assunto recai sobre os “Roots Type Blowers”, ou blower de rotores. Formados por uma carcaça e dois rotores internos, eles giram em sentidos opostos (sem encostar um no outro) e criam um fluxo contínuo para otimizar a mistura.
O blower fica instalado entre o carburador e o coletor de admissão. É um equipamento que força a entrada da mistura ar e combustível nos cilindros, muito mais do que seria aspirado pela sucção normal dos pistões. Essa quantidade adicional de oxigênio que chega aos cilindros permite que o motor queime mais combustível para aumentar sua eficiência volumétrica, fazendo com que ganhe mais potência. Ele é acionado por correias e polias ligadas ao virabrequim, que jogam essa pressão adquirida na entrada de ar do motor.
Apesar desses superchargers terem somente uma ou duas partes móveis, os fabricantes o visualizam como mais um componente extra a ser atendido por garantias e manutenções. Mesmo assim, nos Estados Unidos e na Europa, um grande número de carros de linha foi produzido com superchargers em seus motores, já que oferecem mais torque e potência sem aumentar o consumo de combustível.
Dependendo do grau de preparação almejado, para um melhor rendimento do blower algumas modificações e cuidados precisam ser tomados, até como forma de precaução para que o sistema funcione corretamente, já que um motor sobrealimentado requer cuidados específicos de estrutura. Assim, pode ser preciso realizar a troca do coletor de admissão por um mais apropriado.
Além disso, ele pode necessitar de um desenvolvimento especial com o intuito de evitar a sobrecarga dos cilindros centrais, que ficam mais expostos às camadas de ar captadas. Novos pistões forjados ou fundidos, virabrequim e bielas especiais e um comando de válvulas mais específico também podem ser necessários para permitirem que o motor suba de giro mais rapidamente. Um cuidado mais específico com o aquecimento do motor também é importante, já que o blower é mais eficiente quando trabalha em temperaturas normais de funcionamento.

                                         

                                    
“Cada caso é um caso. Todo tipo de preparação requer equipamentos bons e acertos constantes. Mas um motor original ideal em boas condições de uso e preferencialmente de baixa quilometragem, com uma taxa de compressão em 9:1, pode receber um bom kit de blower com pressão entre 5 e 8 PSI sem a necessidade de alterações internas mais apuradas”, explicou Miozzo.
“É importante lembrar também que, ao contrário do que muitos afirmam, os blowers não são equipamentos problemáticos e de baixa durabilidade. Eles foram muito utilizados em motores a diesel de caminhões, como o GMC 71 series, e também em aeronaves, locomotivas a diesel e barcos. Nessas e em outras aplicações, esse supercharger, historicamente, provou ser eficiente e durável. Vale lembrar que, nos dias de hoje, essa durabilidade depende muito da procedência do kit a ser instalado”, completa o especialista. 

Por Fernando Cappelli Fotos Arquivo Rod&Custom

 

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